FÁBULAS DE LA FONTAINE 


Essa edição, traduzida por Mário Laranjeira, traz 43 fábulas ilustradas por belíssimos guaches do artista russo naturalizado francês Marc Chagall, que se dedicou durante dois anos (1926 e 1927) a representar as famosas Fábulas de La Fontaine. No final dos anos 1920, o anúncio de que Ambroise Vollard entregava a Chagall a tarefa de realizar cem guaches para ilustrar uma edição das Fábulas provocou mais sarcasmo do que entusiasmo. As condições de acolhida do projeto, depois as dificuldades técnicas de reprodução em cores desses guaches, agravadas pela rápida dispersão dessa série, conspiraram a ponto de relegá-la ao conjunto das obras-primas desconhecidas. Em 1930, depois de exposições em Paris, Bruxelas e Berlim, todos os guaches foram vendidos, para vários colecionadores, o que resultou no desaparecimento de muitos desses trabalhos.

A edição brasileira inclui texto sobre a crítica publicada na imprensa estrangeira nos anos de 1920 e 1930 sobre os guaches de Chagall e também texto de Didier Schulmann, curador da exposição “Chagall: conhecido e desconhecido”, realizada nas Galerias Nacionais do Grand Palais, em Paris, de 11 de março a 23 de junho de 2003.

Para Chagall, ilustrar as Fábulas de La Fontaine foi tanto a descoberta de um texto fundamental da literatura francesa como a introdução, em seu universo pictórico, da realidade da paisagem que ignorara totalmente quando de sua primeira estada exclusivamente parisiense.


                                                                                                  


MARC CHAGALL 

Marc Chagall nasceu em 1887 na Rússia Czarista. Filho mais velho de uma família pobre, educou-se em um ambiente de perseguição aos judeus. Em 1910, mudou-se para Paris, onde viveu até 1914 e onde teve contato com as sucessivas vanguardas do mundo das artes plásticas. Inicialmente aceito pelo regime soviético, em 1922 afastou-se dele e regressou para a França. Durante a Segunda Guerra Mundial viveu nos Estados Unidos. Múltiplo artista, cultivou, além da pintura, a cenografia, os vitrais, os mosaicos, etc. O seu mundo pictórico desligou-se em certo modo das vanguardas e tornou-se profundamente pessoal, contendo elementos cubistas e surrealistas, assim como símbolos judaicos e russos. O caráter onírico, a variedade cromática, um aparente infantilismo e a facilidade decorativa repetem-se incessantemente na sua pintura. Reconhecido como um dos principais pintores do século XX, Marc Chagall morreu em 1985, na França. 



Livro
Tradutor Mário Laranjeira
Formato 23x16cm
Páginas 144
ISBN 978-85-7448-091-6

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