A BELA SENHORA SEIDENMAN  

É no cotidiano abalado pela ocupação alemã da Polônia que Szczypiorski busca o retrato da humanidade no século XX. O gueto judeu de Varsóvia resiste, com seus personagens marcantes, como o rebelde Pawełek Krynski, alter-ego do autor, produto do país onde convivem poloneses, judeus, alemães e outros; e o velho ferroviário socialista Filipek, que se engaja numa aliança peculiar com o alemão Müller — e toda uma rede de vizinhança — para salvar dos porões da Gestapo a bela senhora Seidenman, que enfrenta, determinada e desafiadora, seu verdugo nazista.


          


ANDRZEJ SZCZYPIORSKI

Andrzej Szczypiorski nasceu em Varsóvia em 1924. Após participar em 1944 do levante contra a ocupação alemã, ficou detido no campo de concentração de Sachsenhausen. Depois de alguns anos de jornalismo, publicou seus primeiros contos em 1955, seguindo com reportagens e ensaios (entre os quais o famoso Diário da Lei Marcial, 1983) que o tornaram algo como uma consciência da nação.

Uma missa para a cidade de Arras, traduzida por Henryk Siewierski e publicada pela Estação Liberdade em 2001, foi sua primeira obra editada no Brasil, e é um dos mais prestigiados romances do pós-guerra na Polônia. A bela senhora Seidenman [Poczatek, 1986], projetou sua carreira internacionalmente, sendo traduzido para cerca de vinte idiomas. Destacam-se ainda Noc, dzien i noc [Noite, Dia e Noite, 1991] e Autoportret z kobieta [Autorretrato com Mulher, 1994], entre seus mais de vinte romances. Membro do PEN-Club polonês, foi confinado por alguns meses durante a vigência da Lei Marcial, em 1981-82. Elegeu-se senador pelo Solidariedade em 1989, mas afastou-se da agremiação devido à deriva direitista e populista da mesma. Empenhou-se em cicatrizar as feridas ainda abertas entre poloneses, judeus e alemães. Faleceu em 16 de maio de 2000. 


Livro
Tradutor Henryk Siewierski
Formato 14x21cm
Páginas 240
ISBN 978-85-7448-128-9

Escreva um comentário

Você deve acessar ou cadastrar-se para comentar.