Entre um rebelde senhor de 77 anos e sua nora surge um jogo sutil de poder, envolvendo, de um lado, o ancião que se empenha em burlar uma vida regrada por remédios, médicos e hospitais e, de outro, a ex-dançarina de casas noturnas, mulher bela e licenciosa, plena de vida, que faz uso de seus talentos naturais para fascinar e controlar o sogro, manipulando- o em prol de interesses pessoais. A idade do protagonista, no lugar de coibir seus instintos, liberta-os. Estas páginas de um dos grandes mestres da escrita japonesa ficarão para sempre como um libelo da sexualidade na velhice, demonstrando que, se a velhice é cruel quanto à submissão ao desejo, ela só se torna sinônimo de senilidade para os conformistas.
Jun’ichiro Tanizaki nasceu em 1886 em Tóquio, onde estudou literatura na Universidade Imperial até ser expulso por inadimplência. Começou a escrever cedo, de início sofreu influências de Baudelaire e Poe, entre outros, e participou da escola Tanbiha, que valorizava a “arte e beleza acima de tudo”, indo contra o objetivismo da época. Após a destruição de sua casa durante o forte terremoto que atingiu a capital japonesa em 1923, o autor deixa sua segunda esposa e filha e muda-se para Ashiya, na região de Kyoto e Osaka, cenário principal deste romance.
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