MORRER SOZINHO EM BERLIM 



Suspense de HANS FALLADA recria história de resistência à ditadura nazista

Publicado originalmente em 1947, MORRER SOZINHO EM BERLIM foi uma obra pioneira a tratar da resistência ao nazismo na Alemanha. Em 1945, após a queda do Terceiro Reich, uma pilha de documentos oficiais da Gestapo foi entregue na sede da Associação Cultural para a Renovação Democrática da Alemanha. Os arquivos, que continham processos de cidadãos condenados pelo regime nazista, deveriam inspirar e estimular uma nova produção artística na República Democrática Alemã. 

HANS FALLADA, desde os anos 1930 um dos mais populares escritores do país, recebeu os documentos relativos ao processo do casal berlinense Otto e Elise Hampel. Os dois operários de meia-idade haviam empreendido uma campanha de propaganda antinazista, incitando seus compatriotas à insurgência e à sabotagem. Decidido a recontar o caso, Fallada abraçou de corpo e alma o projeto e o resultado são as mais de seiscentas páginas desta edição.

MORRER SOZINHO EM BERLIM nos apresenta a Otto e Anna Quangel. Inconformados após a morte do filho na Segunda Guerra, os Quangels decidem realizar uma guerrilha de pequenos atos. A iniciativa, aparentemente inofensiva diante da máquina de guerra e do aparelho repressor do Führer, não demora para chamar a atenção do alto escalão do Terceiro Reich e dar início a um frenético jogo de gato e rato. A reputação e a vida do delegado Escherich, homem-forte da Gestapo, dependem de ele encontrar o traidor por trás do ultrajante desafio ao poder vigente.

HANS FALLADA valeu-se das linhas gerais do episódio real para contar uma história de pessoas comuns em uma situação extrema, criando um romance que é tanto um relato objetivo da vida sob a ditadura nazista quanto um suspense policial denunciando os horrores da época. Entre trabalhadores, marginais, pequenos tiranos, acusados e acusadores, o livro retrata os tipos de uma Berlim sitiada, sufocada pelo vício e pelo medo, mas também marcada pela esperança. 

MORRER SOZINHO EM BERLIM se tornou um sucesso imediato, mas, tanto a obra quanto seu autor, identificados com a Alemanha Oriental, acabaram eclipsados nas décadas seguintes. Após uma redescoberta na esteira da reunificação alemã e, principalmente, após a primeira tradução para o inglês em 2009, o livro se tornou um best-seller internacional e FALLADA foi restabelecido como um dos grandes autores alemães do século XX.

LEIA UM TRECHO

PONTOS DE INTERESSE

• A tradução em inglês do livro, de 2009, teve excelente recepção pela crítica e alavancou a obra ao status best-seller global, publicado em mais de 20 idiomas e com milhões de exemplares vendidos.  

• A edição brasileira inclui posfácio e fac-símiles de documentos históricos e dos arquivos da Gestapo referentes ao casal Hampel.

• O suspense de Fallada registra a vida cotidiana no auge do domínio nazista, mostrando aspectos pouco conhecidos do regime à época. O ritmo acelerado da narrativa interessará a leitores de John le Carré, Ken Follett e Graham Greene.

• As obras de Fallada foram adaptadas diversas vezes para cinema e TV. Em 2016 foi lançado o longa-metragem Alone in Berlin, de Vincent Pérez, com Brendan Gleeson, Emma Thompson e Daniel Brühl.

• 61ª EDIÇÃO DO PRÊMIO JABUTI: Categoria Tradução
A tradutora Claudia Abeling foi finalista do Prêmio Jabuti com a obra MORRER SOZINHO EM BERLIM, de Hans Fallada. 


 

Sobre a imagem: Um dos cartões-postais dos Hampels; no meio está um selo com o rosto de Hitler, rabiscado com as palavras"assassino de trabalhadores". 



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• Bloco literário: Hans Fallada


HANS FALLADA 

Rudolf Ditzen nasceu em Greifswald, Alemanha, em 1893. Teve uma infância e juventude difíceis, talvez sequela de conflitos na relação com o pai, juiz num tribunal supremo em Leipzig. Aos dezoito anos, feriu-se gravemente e matou um colega em uma tentativa de duplo suicídio falseada como duelo, incidente que causou sua primeira internação psiquiátrica. Em 1920, assumiu o pseudônimo Hans Fallada, em referência a contos dos irmãos Grimm.

Trabalhou com jornalismo e publicidade até despontar no mundo literário com a novela Bauern, Bonzen und Bomben [Lavradores, caciques e bombas], no início da década de 1930. O romance E agora, seu moço? (Livraria do Globo, 1934), narrando a condição miserável da Alemanha antes da ascensão de Hitler, teve rápido sucesso mundial (virou filme de Hollywood) e tornou-o um dos mais populares escritores de seu tempo.

Sua vida foi marcada pelo vício em álcool e morfina, internações constantes e uma relação complicada com a ditadura vigente. Preso em um manicômio nazista e listado como “indesejável”pelo regime, Fallada aceitou o “convite” do ministro Joseph Goebbels de escrever um romance antissemita. Em vez de cumprir o acordo, usou a cota de papel para escrever O bebum (no prelo pela Estação Liberdade), relato autobiográfico e crítico sobre o Terceiro Reich. Já com a saúde comprometida, escreveu Morrer sozinho em Berlim em menos de um mês e faleceu pouco depois, em fevereiro de 1947, semanas antes da publicação da obra. 



Livro
Tradutor Claudia Abeling
Formato 23x16x3cm
Páginas 640
ISBN 978-85-744-275-0

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