PEREGRINOS DO SOL - A ARTE DA ESPADA SAMURAI

A figura do samurai exerce enorme fascínio. Quantos leitores não acompanharam ávidos a saga de Miyamoto Musashi, seja no romance de Eiji Yoshikawa, seja nos mangás? No cinema, o samurai eremita não é menos conhecido. Aliás, a sétima arte bebeu fartamente desse tema: o mestre Kurosawa, ou, para citar um diretor mais recente, Takeshi Kitano em seu belo Zatoichi... A mitificação dos samurais não é algo a se estranhar. Sua história e seus mitos se confundem com a própria história do Japão. 

Porém, é claro que suas representações artísticas que povoam o mercado de entretenimento contribuem sobremaneira para tal mitificação, e, não raro, disseminam conceitos equivocados sobre a arte da esgrima japonesa — o kenjutsu/kendô — e sobre os próprios samurais célebres. Longe de querer desbancar esses mitos, Peregrinos do Sol – A arte da espada samurai, de Luiz Kobayashi, vem no entanto lançar sobre eles o olhar de quem durante muitos anos estudou o tema e praticou as artes marciais japonesas, proporcionando ao leitor brasileiro a oportunidade inédita de se aprofundar de fato no assunto e atingir o substrato de realidade do qual se alimentam os mitos. Retraçando a história da esgrima no Japão, a obra se apoia em documentos — alguns deles extremamente raros — traduzidos pelo autor no período em que viveu naquele país. O estudo contempla os samurais famosos, o que há de real e o que há de mítico em torno de suas trajetórias, bem como os estilos e as técnicas que os compõem. Kobayashi ainda retraça o percurso da prática de kendô no Brasil, desde os primeiros mestres até os dias atuais.


LEIA UM TRECHO DA OBRA 
    

                                                                                                   


LUIZ KOBAYASHI

Doutor em engenharia pela Universidade de São Paulo, Luiz Kobayashi é praticante de artes tradicionais japonesas como kendô, iaidô, kenjutsu, iaijutsu, bôjutsu, kenbu e shibu. É filiado à Nihon Kobudô Shinkôkai, organização japonesa de preservação das artes marciais tradicionais do Japão. No Japão, recebeu instruções diretamente de renomados mestres das artes citadas acima. Organizou uma biblioteca pessoal com transcrições de escritos (alguns extremamente raros), estudos, compilações e discussões de especialistas japoneses sobre as artes marciais tradicionais, com ênfase para a esgrima japonesa. Atua também como pesquisador da história do kendô no Brasil, tendo textos publicados em diversas revistas especializadas, como a Kendo Nippon e a Kendo World.



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