Promessa ao amanhecer
R$72,00
Indisponível no momento
Marca: Gary, Romain
ISBN: 978-85-7448-149-4
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PROMESSA AO AMANHECER 

Sobre Promessa ao amanhecer, há certa unanimidade em se dizer que é uma das mais belas narrativas sentimentais da literatura moderna, além de ser um pequeno épico de bravura, solidariedade e camaradagem. Ao mesmo tempo, constitui um recorte dos vários dramas superpostos a assolar a Europa na primeira parte do século XX. O protagonista-narrador, na verdade o próprio Romain Gary, é sujeito de uma história de vida única, atirado pelos ventos do destino entre meia dúzia de países.

Relato autobiográfico, romance de amor, livro de guerra e narrativa de viagens, essa convergência de estilos com cruzamento temático nos verte uma obra de singela riqueza e fascinante leitura.

Instalado em seu refúgio da costa californiana, Gary debruça-se na idade madura sobre suas lembranças da infância na Lituânia à época russa, sua juventude numa Varsóvia de destino incerto, sua chegada na França em companhia de uma mãe tão memorável quanto quixotesca, sua carreira na aviação militar. Aí os relatos são pungentes e memoráveis, como quando seu avião é forçado a pousar sem piloto, pois este perdeu a vista ao ser atingido. Então não apenas tudo aqui se inicia e termina com certa promessa feita ao amanhecer, como perde-se o fôlego com suas conseqüências.

Promessa ao amanhecer talvez seja a obra mais afamada de Romain Gary devido a sua filmagem por Jules Dassin, com Gary sendo interpretado por vários autores e Melina Mercouri como a mãe, mas o autor, paralelamente a seus jogos de identidades múltiplas e despistes, resquícios tanto de uma infância de mutações quanto de seus anos de combate, se destacou em toda sua obra como um sagaz polemista que atira, inclusive literalmente, contra toda e qualquer ignomínia política, literária ou cultural, reivindicando para si a linhagem do romance picaresco, em contraposição ao nouveau roman tão em voga à época.  


LEIA UM TRECHO

                                                                                                   


ROMAIN GARY

Nascido na Rússia em 1914, tendo chegado na França aos quatorze anos, Romain Gary fez seus estudos secundários em Nice e se formou em direito em Paris. Ingressou na aviação em 1938, foi instrutor de tiro na Escola de Aeronáutica de Salon. Em junho de 1940, uniu-se às forças da França Livre. Capitão de esquadrilha, tomou parte da Batalha da Inglaterra e em campanhas na África, Abissínia, Líbia e Normandia, de 1940 a 1944. Recebeu a Legião de Honra e a Comenda da Libertação. Ingressou no Ministério do Exterior em 1945, como secretário e conselheiro da embaixada, em Sofia, Berna e, depois, na Seção Européia deste ministério. Porta voz na ONU de 1952 a 1956, foi em seguida nomeado para a embaixada na Bolívia e Cônsul Geral em Los Angeles. Deixando a carreira diplomática em 1961, percorreu o mundo durante dez anos trabalhando para publicações americanas e realizou dois filmes, Les Oiseaux Vont Mourir Au Pérou (1968) e Kill (1972). Foi casado com a atriz americana Jean Seberg de 1962 a 1970. Desde a adolescência, a literatura ocupa o espaço mais importante na vida de Gary. Durante a guerra, entre uma missão e outra, escreve Éducation européenne, traduzido em 27 idiomas e que o prêmio da Crítica em 1945. Les racines duciel ganha o prêmio Goncour tem 1956. Romain Gary se suicidou em 2 de dezembro de 1980. Alguns meses depois, foi revelado que era também o autor de quatro romances assinados por Émile Ajar, inclusive La vie devant soi, que obteve sob pseudônimo o prêmio Goncourt em 1975, o que faz de Gary o único autor a ganhá-lo duas vezes (o que o regulamento não permite). O conjunto de sua obra abrange cerca de trinta romances, ensaios e memórias. 




Livro
Tradutor Mauro Pinheiro
Páginas 352
ISBN 978-85-7448-149-4

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