Políticas do corpo
Há Instigante (e intrigante) confluência entre medicina, arte, antropologia e histórias, estes artigos mostram que a estética corporal é inseparável de um trabalho sobre o corpo que convoca saberes científicos e não científicos.
Assistimos a uma pletórica disseminação de instrumentos fabricados pra controlar os corpos; mas eles não cessam de escapar ao controle, permitindo (saudáveis...) zonas de descontrole e de risco.
Como consequência, o corpo se transforma em processo, ou produção histórica, para onde sempre convergiram, e sempre convergirão, técnicas, intervenções e culturas de todos os tipos, desde os coercitivos aparelhos de postura descritos por Georges Vigarello, até as obsessivas sessões de malhação nas academias de body-building de Los Angeles ou do Rio de Janeiro, passando pelo corpo-brazão revolucionário ou pelas formas longilíneas dos corpos inscrustadas nas lâmpadas art nouveau do artigo de Michelle Perrot.
Verdadeiro processo do corpo, então, mas também campo privilegiado para observar e refletir sobre as mutações da sensibilidade individual e da percepção social, tecendo considerações sobre as filigranas da cultura de uma época — ao mesmo tempo que inevitável radiografia de seu espírito.
Quais, então, os limites impostos à grande aventura do corpo e das mutações que lhe são impostas?
Título: Políticas do corpo
Autor: Denise Bernuzzi de Sant’Anna
ISBN: 9788585865023
Formato: 21x14 cm / páginas:192